Pular para o conteúdo principal

Li: O que toda mulher inteligente deve saber

Adoro ler! E leio muito! Ultimamente muito mais por obrigação - coisas da faculdade - do que por prazer. Mas nessa última semana resolvi me rebelar, deixar as apostilas, e seminários, e resenhas, e relatórios de lado e ler algo que realmente quisesse!

E aí, em uma visita a uma amiga, me deparei com o livro "O que toda mulher inteligente deve saber", de Steven Carter & Julia Sokol. Confesso que eu ele já tinha passado pelas minhas mãos anteriormente e eu, preconceituosa, ao imaginá-lo um "livreco" de auto-ajuda - ainda mais por ser da Editora Sextante! - e me sentindo superior a qualquer necessidade de "ajuda", deixava pra lá comprá-lo ou pegá-lo emprestado. Mas acho que sábado eu estava naturalmente "aberta" e resolvi arriscar. O resultado foi a leitura de um dos livros mais gostosos e interessantes que li nos últimos tempos!

Exagero? Tô escrevendo sério! É muito bom. Muito! O livro, claro, trata daquele tema que vende muito: a tentativa, no caso, feminina, de compreensão dos homens e dos relacionamentos pelos quais passa. Eu escrevi logo acima "no caso, feminina"? Ué, mas sempre são as mulheres tentando entender o sexo oposto e suas relações! Ou alguém conhece algum homem que leu, de bom grado "Os homens são de Marte, as mulheres são de Vênus"???

Mas, voltando a este livro aqui, os "exemplos" vêm acompanhados de uma listinha do que "toda mulher inteligente deve saber" de cada situação. E querem saber de uma coisa? A gente sabe da imensa maioria do que ali está escrito. E vocês sabem da segunda parte: a gente não coloca quase nada em prática! Mas, o mais legal, foi ver escrito coisinhas que parecem diretamente escritas pra gente! Li o livro dando muitas risadas, alguns suspiros e, em alguns momentos, parando para refletir nas situações nas quais me vi "fielmente retratada".

No entanto, o mais interessante ao ler "O que toda mulher inteligente deve saber", não foi, talvez, encontrar meus pequenos erros nos relacionamentos passados - e quando falo em erros meus, não falo de coisas que levaram ao fim da relação, mas, por exemplo, da minha permissividade em alguns casos - e sim me fazer ver o quanto, de verdade, eu já fui feliz com pessoas que me amaram, que eu amei!

Nunca fui de achar que tudo quanto é homem é cafajeste, que nenhum presta... Consigo, sem esforço, ver o lado positivo de todas as relações que tive. Sempre resta algo de bom, sempre fica uma lição. E, ao ver o livro tratando de situações que me pareceram verdadeiramente complicadas - como lidar com um homem que tem vícios, ou que é agressivo, ou que humilha a mulher com quem está - eu vi que os problemas que enfrentei, ou que encontrei, são contornáveis, tratáveis; talvez longe de serem simples, mas não são os piores. Claro que ninguém pensa em fracassar em um casamento, ou em um namoro que leva muito à sério, mas, definitivamente, mais triste é ter, ao seu lado, um homem capaz de fazer se sentir uma criatura insignificante. E não creio que alguma vez eu tenha me sentido assim.

Adorei o livro e já fiz propaganda pra todas as amigas que tenho encontrado. Brinco que é como uma bíblia que toda mulher deveria ler e ter juntinho de si. Eu já encomendei o meu! :)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Séries: Reunion

Você se sentiria empolgado pra ver uma série previamente sabendo que ela foi cancelada e não teve um final? Então, eu faço dessas. Ou melhor, fiz pela primeira vez, e com Reunion. E, no geral, valeu a pena. A série foi transmitida originalmente nos EUA entre 2005 e 2006. Foram filmados 13 episódios mas só 9 passaram por lá, sendo que os outros 4 foram transmitidos nos países que, posteriormente, compraram a série. A história começa em 1986, com a formatura do ensino médio de seis amigos inseparáveis. Ao mesmo tempo, é mostrado que, em 2005, um dos amigos foi assassinado - quem? Só saberemos no capítulo 5, de forma surpreendente - e os outros cinco amigos são suspeitos. Cada episódio tem como título um ano - foram de 1986 a 1998 - e vamos vendo como anda a amizade dos seis, algumas vezes se tornando mais forte, em outras parecendo regredir. Eu achei muito bacana não ser revelado de cara quem morreu. Vamos vendo, em cada episódio, um dos amigos vivos aparecer nos temp

A noite em que os hotéis estavam cheios - Moacyr Scliar

(3ª postagem do dia) O casal chegou à cidade tarde da noite. Estavam cansados da viagem; ela, grávida, não se sentia bem. Foram procurar um lugar onde passar a noite. Hotel, hospedaria, qualquer coisa serviria, desde que não fosse muito caro. Não seria fácil, como eles logo descobriram. No primeiro hotel o gerente, homem de maus modos, foi logo dizendo que não havia lugar. No segundo, o encarregado da portaria olhou com desconfiança o casal e resolveu pedir documentos. O homem disse que não tinha, na pressa da viagem esquecera os documentos. — E como pretende o senhor conseguir um lugar num hotel, se não tem documentos? — disse o encarregado. — Eu nem sei se o senhor vai pagar a conta ou não! O viajante não disse nada. Tomou a esposa pelo braço e seguiu adiante. No terceiro hotel também não havia vaga. No quarto — que era mais uma modesta hospedaria — havia, mas o dono desconfiou do casal e resolveu dizer que o estabelecimento estava lotado. Contudo, para não ficar mal, resolveu dar um

Poema XX - Pablo Neruda

Pablo Neruda é, acredito, o poeta hispano-americano mais conhecido no Brasil, seja por sua poesia, seja pelo filme O carteiro e o poeta . Seu livro mais conhecido, Veinte poemas de amor y una canción desesperada, foi publicado quando ele tinha só 20 anos e hoje lemos o último poema de amor, o XX, na aula de Literatura Hispano-Americana. Éramos poucos na sala e terminamos a leitura comovidos. A Vikki disse que se houvesse mais dois versos ela teria chorado e não foi exagero. Quem nunca perdeu um amor? Quem não sabe como isso realmente dói? "Puedo escribir los versos más tristes esta noche. Escribir, por ejemplo: 'La noche está estrellada, y tiritan, azules, los astros, a lo lejos.' El viento de la noche gira en el cielo y canta. Puedo escribir los versos más tristes esta noche. Yo la quise, y a veces ella también me quiso. En las noches como ésta la tuve entre mis brazos. La besé tantas veces bajo el cielo infinito. Ella me quiso, a veces yo también la quería. Cómo no habe